O prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, apresentou oficialmente hoje, em cerimônia no Senado, a força de seu novo partido. O Partido Social Democrático nasce com 55 deputados federais, o terceiro maior na Câmara, dois senadores, cinco vice-governadores, dois governadores, 102 deputados estaduais, centenas de prefeitos e milhares de vereadores.
No número de deputados, o PSD só fica atrás do PT (84) e do PMDB (78), desbancando o PSDB (50). No evento de lançamento, Kassab afirmou que o novo partido será uma legenda "de posições". "Será um partido que não terá a preocupação de ser oposição por oposição e governo por ser governo. Será um partido de posições”, disse.
Embora tenha sido reafirmada a independência do PSD, o partido inicia sua participação no Congresso votando junto com o governo para aprovar o projeto da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que dá liberdade à presidente para gastar como quiser 20% dos recursos orçamentários. A DRU será votada hoje no plenário da Câmara.
A apresentação dos parlamentares aumenta a pressão sobre o presidente da Câmara, Marco Maia (PT), para a conquista de espaço físico para instalar a legenda e assessoria técnica para instruí-la, o que abrirá mais uma guerra com os partidos que perderam parlamentares, principalmente o DEM, maior prejudicado.
Análises preliminares da direção da Câmara indicam que o PSD poderá preencher cerca de 90 cargos de assessor. A partir de hoje, o PSD quer ter direito às prerrogativas partidárias, como palavra de líder nos expedientes para discurso e para orientação da bancada durante as votações, apresentação de emendas e obstrução
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