Premiê da Grécia obtém crucial voto de confiança no Parlamento
Em seu discurso pouco antes da votação, Papandreou deixou claro que estava disposto a entregar o cargo e dar início imediato às negociações para formar um governo de coalizão. Pouco depois, seu ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, reforçou a mensagem, indicando até a disposição de convocar eleições no fim de fevereiro, mas não imediatamente, como exigiam os líderes da oposição.
A aprovação garante ao governo a possibilidade de coninuar negociando com a "troika" o prosseguimento do plano de saneamento da dívida grega.
A queda do governo poderia impedir que a parcela de € 8 bilhões do pacote, programada para ser entregue a Atenas em novembro, não chegasse a tempo, aumentando o risco de colapso total no país, que não teria outra opção senão o "default" (calote), o que teria consequências catastróficas para a economia global.
Segundo o jornal britânico "Guardian", há indícios de que Papandreou entregará o cargo a Venizelos, que deve assumir o controle do país como primeiro-ministro, mas não deve ficar no poder até o fim do atual mandato, em 2013, mas sim convocar novas eleições no fim de fevereiro.
"É um acordo fechado. Papandreou vai propôr que Venizelos torne-se o primeiro-ministro e irá para casa", um assessor de Venizelos teria dito à Helena Smith, correspondente do jornal britânico em Atenas.
Antonis Samaras, líder da Nova Democracia, o principal partido de oposição, disse logo após o dramático discurso do premiê que "as máscaras caíram. Papandreou recusou nossa proposta. A única solução são as eleições".
Embora reconheça a necessidade de aprovar e implementar o acordo de ajuda financeira internacional, a Nova Democracia preferiria que o premiê tivesse renunciado e convocado eleições imediatas.
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