EDUCAÇÃO USP MANIFESTANTES TEM ATÉ AMANHA (05/11/11) AS 17:00 HS PARA DESOCUPAREM A REITORIA

USP cortou luz e internet do prédio da reitoria invadida por estudantes

A USP (Universidade de São Paulo) cortou o fornecimento de energia e a internet do prédio da reitoria, invadido por alunos desde o dia 2 de novembro em protesto contra a presença da PM (Polícia Militar) no campus. O desligamento foi realizado na manhã desta sexta (4).

O fornecimento de água está mantido, segundo a assessoria de imprensa da insitutição.

Há uma ação de reintegração de posse em curso e os manifestantes têm até 17h de sábado para deixar a edificação. Após esse período, a reitoria pode requerer uso de força policial.

Alguns estudantes ouvidos pela reportagem do UOL em frente à reitoria disseram que a atitute da reitoria "não afeta o movimento". E que se for necessário eles usariam até velas para iluminar os ambientes. Eles disseram ainda que só sairiam da reitoria se suas pautas forem atendidas, entre elas o fim do convênio da USP com a PM (Polícia Militar) e o fim dos processos contra estudantes, funcionários e professores.

Até 17h de sábado

Os manifestantes que invadiram a reitoria da USP têm até as 17h de sábado para sair do prédio. A notificação judicial para reintegração de posse foi entregue na Cidade Universitária na tarde de hoje.

O oficial de Justiça Valdemir Aparecido Maciel entregou a reintegração de posse e uma intimação para uma reunião de conciliação, para amanhã, às 10h, no Fórum Eli Lopes. A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti pede para que sejam nomeados dois representantes dos estudantes para esse encontro.

Os manifestantes não assinaram os documentos levados pelo oficial de Justiça. "Eles têm o direito de não assinar, mas a partir do momento em que eu li a notificação, eles estão oficialmente notificados", afirmou o oficial de justiça.

Segundo Rafael Padial, 24, estudante de Letras que apoia o movimento, "os estudantes da ocupação não se consideram notificados" porque os manifestantes estariam todos dentro do prédio. "Ele [o oficial] leu o documento do lado de fora para quem está apenas apoiando. É como se ele tivesse lido para vocês [jornalistas]", disse.

Fonte:OUL